Bocejando diante a preguiça que envolve o meu corpo
O tempo devora a obrigação do sol em brilhar mais um dia
Tudo tão confortável na prática do nada
Garotos e garotas regozijam com a mesmice
Do outro lado a cidade pulsa, e eu a observo a poeira
Bailar no ar da sala, junto a um Malbec.
O estresse é ignoto como o trabalho
O dinheiro harmoniza a vida que levo
Rega o jardim dos meus prazeres
O Amanhã é distante de hoje, há muito que gozar
Entorpecido pelo ócio marco mais uma página do
Livro que lia até o entregador chegar com a comida.
Não sei o que compro hoje constelações ou almas
Com olhares distorcidos desisto da aquisição
Isso não é nada para a ganância de um homem
Preciso assinar o cheque da junção criatividade
Mente, infelizmente isso não pára de funcionar
Talvez eu compro a cura para todos os males.
Todos os crimes que a minha mente já executou
Não são suficientes para que me conduza ao fim
A própria me livra com suas ótimas defesas
Abro um Veuve Clicquot Ponsardin para
Celebrar mais uma absolvição do Super Homem
E a culpa no fim é revelada, o ócio está exausto!
( Marcelo Velozo)