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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Condenados à liberdade

Esse escarro dado em suas costas
Foi como destruir sua dignidade
Desculpem-me por nada fazer
Meus sonhos são culpados por
Vender crucifixos sem valor
E o filho da verdade parte para
O fim dissolvendo todas as Dúvidas
O começo da mentira é empolgante
Mas o meio é anestésico para vida
Definitivamente a liberdade é uma
Prisão que todos nós perseguimos.

  ( Marcelo Velozo )

terça-feira, 7 de junho de 2011

A cirurgia da Leitura

Shakespeare o globo foi pequeno para ti
Buda transformaram sua árvore em dinheiro
Para desfilarem na limusine da luxúria
Nietzsche será que futuro retornará
Para impedir que Goethe não seja mais o mesmo
Freud me disse que o único sorriso que amei foi
Da plástica feita pela bravura do capital, já que
Nem mesmo as poesias do Senhor Zimmerman
Convence-me que essa passagem é simples.

Outro dia encontrei Hesse em suas narrativas
Dizendo Mademoiselle permettez... Depois
De cometer um assassinato, Nem Kundera
Com seu riso cairia no esquecimento
Mann deveria nos levar para sua Montanha Mágica
E lá nos deixar para geladuras marcarem nossas faces
Mas somente os Deuses sabem como o descaso é
Uma arma na mão dos miseráveis
Querido Deus o seu amor é de matar.

  ( Marcelo Velozo )

Buquê Inconfundível

Bocejando diante a preguiça que envolve o meu corpo
O tempo devora a obrigação do sol em brilhar mais um dia
Tudo tão confortável na prática do nada
Garotos e garotas regozijam com a mesmice
Do outro lado a cidade pulsa, e eu a observo a poeira
Bailar no ar da sala, junto a um Malbec.

O estresse é ignoto como o trabalho
O dinheiro harmoniza a vida que levo
Rega o jardim dos meus prazeres
O Amanhã é distante de hoje, há muito que gozar
Entorpecido pelo ócio marco mais uma página do
Livro que lia até o entregador chegar com a comida.

Não sei o que compro hoje constelações ou almas
Com olhares distorcidos desisto da aquisição
Isso não é nada para a ganância de um homem
Preciso assinar o cheque da junção criatividade
Mente, infelizmente isso não pára de funcionar
Talvez eu compro a cura para todos os males.

Todos os crimes que a minha mente já executou
Não são suficientes para que me conduza ao fim
A própria me livra com suas ótimas defesas
Abro um Veuve Clicquot Ponsardin para
Celebrar mais uma absolvição do Super Homem
E a culpa no fim é revelada, o ócio está exausto!

   ( Marcelo Velozo)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Terra Estranha

A noite é mais solitária
O silêncio é frio
A grama é coberta pelo sangue do céu
O sol tímido nasce e morre na depressão do frio
A alegria bucólica que surge
Na arquitetura das ruas de Viena
É como beber um mint julep no verão de Long Island
Ao som de Chet Baker
Sem endereço me encontro em meio a dor da distância
Estar em casa a sós é confortante,
Temos consciência que há alguém próximo,
Mas não contigo

O tempo constrói e molda a sua maneira
Não há beleza,Nem dinheiro
Família e amigos lá estão
Aqui, eu destruo todas as projeções
De uma mãe para um filho
Coisas boas nem sempre estão em qualquer lugar...
A veracidade consta em você acreditar
Retornar não é a solução. Ir a diante é?
Não sei, continuo sem rumo ao tudo e ao nada
Absolutamente acreditando na farsa da mentira.

  ( Marcelo Velozo )